sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Um pouco de mim...

One Moment In Time
Whitney Houston

Each day I live
I want to be a day to give the best of me
I'm only one, but not alone
My finest day is yet unknown
I broke my heart for ev'ry gain
To taste the sweet, I face the pain
I rise and fall, yet through it all this much remains
I want

One moment in time
When I'm more than I thought I could be
When all of my dreams are a heart beat away
And the answers are all up to me
Give me one moment in time
When I'm racing with destiny
and in that one moment of time
I will feel, I will feel eternity

I lived to be the very best
I want it all, no time for less
I've laid the plans
Now lay the chance here in my hands
Give me


You're a winner for a lifetime
If you seize that one moment in time
Make it shine
Give me


i will be, i will be free

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

O Uso das Novas Tecnologias na Sala de Aula

O uso das novas tecnologias na sala de aula é a grande estratégia do momento.
Encarar com naturalidade a rapidez da tecnologia no mundo atual nem sempre é tarefa fácil para muitos, principalmente para alguns professores. É inegável que o uso dos instrumentos tecnológicos é de extrema importância no cotidiano dos alunos, mas, como deve ser o ambiente ideal para atender aos anseios desses “estudantes digitais” e como o professor deve se adequar às mudanças constantes desse veículo?
Hoje, diversas instituições e profissionais já buscam se atualizarem e inovarem suas formas de passar o conhecimento. O uso de celulares na sala de aula é um bom exemplo. Porém, a abordagem ainda é bastante polêmica e discutida entre pais, professores, alunos, coordenação e direção.
A educadora Solange Monteiro criadora do projeto Torpedário: o celular na sala de aula é uma das que defendem o uso do celular. Adepta da didática, sua principal proposta é desenvolver o senso crítico dos alunos e estimulá-los ao universo da discussão e da escrita digital. A partir daí, a educadora elabora regras para o uso do celular na sala de aula o que, ao invés de gerar problemas, torna-se um importante instrumento pedagógico e ótimo atrativo para suas aulas.
Tudo começou, quando a professora elaborou uma pesquisa na sala de aula. Solange pediu aos alunos que elaborassem torpedos tendo a temática da pesquisa como conteúdo das mensagens e que trocassem entre si na sala de aula. Lidas para toda a classe os alunos falavam quem tinha mandado a informação para seus celulares e faziam uma análise do conteúdo. A idéia foi muito bem aceita pelos estudantes e gerou várias discussões, o que fez inclusive, outros professores aderirem à didática. “Esse tipo de iniciativa além de ser inovadora incentiva a troca do saber e ajuda a muitos profissionais a estarem mais por dentro do mundo tecnológico, universo esse que nem sempre fez parte de nossas vidas”, acredita Solange.
Em artigo publicado pela Folha Digital, o educador australiano Greg Butler, diretor mundial de Programas Educacionais da Microsoft, acredita que o modelo da escola atual, nem sempre privilegia o saber anterior do aluno.”O aluno de hoje não é o mesmo de 30 anos atrás. Ele tem acesso a diferentes recursos tecnológicos e um mundo de informações pela internet. O professor precisa aceitar que vivemos em uma sociedade diferente. Mais do que nunca, ele deve atuar como um facilitador de ensino em sintonia com as necessidades reais de seus alunos” afirma.
Para ele, os recursos modernos devem ser integrados as atividades pedagógicas das escolas, pois muitas delas criam barreiras com relação a essas inovações. “O que acontece hoje é que muitos alunos estão frustrados com os obstáculos que encontram na escola com relação às inovações tecnológicas”, analisa.
Segundo estudo da Rede de Informação Tecnológica Latino Americana (Ritla), o uso da tecnologia nas escolas é importante, mas, pode reforçar a exclusão digital e reproduzir as desigualdades no país. De acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad), em 2006, apenas 80% dos estudantes de escola particular (incluindo ensino superior) acessavam a internet na instituição de ensino. O percentual, porém, é menor para alunos de escolas públicas. Apenas 25% dos alunos das instituições públicas, têm acesso à rede.
É importante abrir os olhos para qualquer forma de ensino. A tecnologia não foi criada para atrapalhar a vida do docente e discente, mas, para ser uma ferramenta de apoio a ambos. Criar estratégias pedagógicas utilizando-se dos recursos tecnológicos, hoje é a melhor alternativa para atingir resultados satisfatórios na educação.

Fonte: http://alfarrabistas.wordpress.com/2008/06/18/instrumento-da-pedagogia/

quinta-feira, 3 de julho de 2008


BRASIL ALFABETIZADO EM FOCO
PGM 1 – Alfabetização de Jovens e Adultos: um pouco da História

Leôncio Soares*

“Deixar de ser sombra dos outros”
A alfabetização de jovens e adultos foi e continua sendo um problema de grandes proporções. Quando foi proclamada a República em nosso país, os índices de analfabetismo entre os brasileiros chegavam à casa dos 80%. Isso significava que de cada 10 brasileiros, só dois conseguiam ler uma carta, um documento, um jornal ou um livro. Os demais dependiam de alguém para decifrar o que estava escrito em qualquer texto.A economia naquele período girava em torno da agricultura e grande parte da população morava no interior do país. Logo, não se colocava como uma das necessidades básicas da população (OLIVEIRA, 2001) a prática da leitura e da escrita. Poucos são os registros da existência de alguma escola para essa população.
A alfabetização na Campanha Nacional de 1947 a 1963
Só em 1947 é que o Governo brasileiro lança, pela primeira vez, uma campanha de âmbito nacional visando alfabetizar a população. Foram criadas, inicialmente, dez mil classes de alfabetização em todos os municípios do país. Como não se tinha uma tradição, um acúmulo de experiências e de estudos sobre como alfabetizar adultos, o discurso em torno da campanha, os argumentos didáticos e pedagógicos tinham como ênfase a educação das crianças. Em uma publicação destinada aos professores – Guia do Alfabetizador – um dos mentores da Campanha, Professor Lourenço Filho assim se expressou:
“É mais fácil, mais simples e mais rápido ensinar a adultos do que a crianças.”
Não é bem assim. Um agrupamento de adultos é caracterizado por uma grande heterogeneidade. São pessoas com experiências e bagagens distintas provindas das vivências no campo familiar, social e no mundo do trabalho. Há os jovens, os mais jovens – os adolescentes – os adultos e os mais adultos – os da terceira idade. Essa diversidade de trajetórias requer um melhor preparo do educador, logo, não é mais fácil que ensinar para crianças. Também não é mais simples. Via de regra, o adulto é visto e se vê como alguém que ‘perdeu tempo’, que não aprendeu no momento propício e que se encontra com a ‘cabeça dura’ para se envolver em novos processos de formação. Essas características tornam o processo mais complexo e requerem um ‘olhar diferenciado’ para esse público, exigindo propostas pedagógicas adequadas e metodologias apropriadas para a educação de adultos. Desta forma, dificilmente o processo será mais ‘rápido’ como preconizado no material direcionado aos alfabetizadores. Se a heterogeneidade e a diversidade são características das turmas de alfabetização, logo, exigirão uma proposta que contemple o tempo necessário a uma formação que atenda ao objetivo de alfabetizar que, de forma alguma, se restrinja a só codificar e a decodificar o código escrito. Vê-se dessa maneira que a primeira Campanha Nacional de Alfabetização se assentou sobre alicerces de base fraca para sustentar um projeto nacional que alfabetizasse a população. Em decorrência das idéias expressas no documento aos professores, viu-se que, na inexistência de acúmulo de experiências e estudos sobre alfabetização de adultos que dessem suporte às ações governamentais, para uma ação ‘fácil’, ‘simples’ e ‘rápida’ usou-se qualquer material, de qualquer forma, com qualquer alfabetizador, ganhando qualquer coisa.
A alfabetização nos movimentos de educação e cultura popular – anos 50 e 60
Paralelamente à ação governamental, surgiram, no final da década de 50 e início da 60, movimentos de educação e de cultura popular. São exemplos desses: MEB – Movimento de Educação de Base; MCP – Movimento de Cultura Popular; CPC – Centro Popular de Cultura; CEPLAR – Campanha de Educação Popular; De pé no chão também se aprende a ler. Esses movimentos emergiram em diversos locais do país, mas foi no Nordeste que se concentraram em maior número e em expressividade. Naquele período, 50% da população – ou seja, metade da população – era composta de camponeses analfabetos; por conseguinte, mais de 50% da população brasileira era excluída da vida política nacional, por ser analfabeta. Os movimentos surgem da organização da sociedade civil, visando alterar esse quadro socioeconômico. Conscientização, participação e transformação social foram conceitos elaborados a partir da prática e das ações desses movimentos. A alfabetização de adultos foi uma dessas práticas, que procurava vincular cultura – educação, realidade – transformação social. Paulo Freire organizou um processo de alfabetização a partir da realidade do educando, no qual a leitura do mundo antecedia a leitura da palavra.
Durante o ano de 1963, encerrou-se a campanha nacional de alfabetização que havia se iniciado em 1947 e Paulo Freire assumiu elaborar um Plano Nacional de Alfabetização junto ao Ministério da Educação. A interrupção desse processo se deu com o golpe militar de 31 de março de 1964, em que muitos desses movimentos foram extintos e seus participantes perseguidos e exilados.
A alfabetização no Mobral
Se a prática da alfabetização desenvolvida pelos movimentos de educação e cultura popular estava vinculada com um processo de conscientização da população sobre a realidade vivida, processo esse que era acompanhado de uma participação dos educandos visando à transformação dessa mesma realidade, com o golpe, a alfabetização se restringe a um exercício de aprender a ‘desenhar o nome’.
O Mobral – Movimento Brasileiro de Alfabetização – reedita uma campanha de âmbito nacional, conclamando a população a fazer a sua parte – “Você também é responsável, então me ensine a escrever, eu tenho a minha mão domável, eu sinto a sede do saber ”. O Mobral surge com força e muitos recursos. Recruta alfabetizadores sem muita exigência: repete-se, assim, a despreocupação com o fazer e o saber docente: qualquer um que saiba ler e escrever pode também ensinar. Qualquer um, de qualquer forma e ganhando qualquer coisa.
O Mobral é criado em 1969 e suas ações são efetivadas a partir de 1971. É extinto em 1985 com a Nova República e o fim do Regime Militar e, em seu lugar, surge a Fundação Educar.
Seus últimos anos foram marcados por denúncias que culminaram na criação de uma CPI – Comissão Parlamentar de Inquérito – para apurar os destinos e a aplicação dos recursos financeiros e falsos índices de analfabetismo.
Como na Campanha anterior de 1947/1963, iniciativas simultâneas às do Governo federal foram surgindo no interior da sociedade civil. Práticas de alfabetização foram desenvolvidas no interior de igrejas, de associações comunitárias e de sindicatos. Essas práticas, muitas vezes, mesclaram-se com as do Mobral, surgindo assim ações mais produtivas como as que aconteceram na Baixada Fluminense que, com os recursos do Mobral desenvolveram uma experiência que foi além do que se esperava.
A alfabetização na Fundação EDUCAR
A Fundação Educar foi criada em 1985 e, diferentemente do Mobral, passou a fazer parte do Ministério da Educação. A Fundação, ao contrário do Mobral que desenvolvia ações diretas de alfabetização, exercia a supervisão e o acompanhamento junto às instituições e secretarias que recebiam os recursos transferidos para execução de seus programas. Essa política teve curta duração pois em 1990 – Ano Internacional da Alfabetização – em lugar de se tomar a alfabetização como prioridade, o governo Collor extinguiu a Fundação Educar, não criando nenhuma outra que assumisse suas funções. Tem-se, a partir de então, a ausência do Governo federal como articulador nacional e indutor de uma política de alfabetização de jovens e adultos no Brasil.
A alfabetização no MOVA
Contraditoriamente, no Brasil foi promulgada uma nova Constituição Federal que estendeu o direito à educação aos que ainda não havia freqüentado ou concluído o Ensino Fundamental. Com a desobrigação do Governo federal em atender a esse direito (BEISIEGEL, 2000), os municípios iniciam ou ampliam a oferta de educação para jovens e adultos. No início dos anos 90, surgiu o MOVA – Movimento de Alfabetização – com uma nova configuração, que procurava envolver o Poder Público e as iniciativas da sociedade civil. Os MOVAs se multiplicaram como uma marca das administrações ditas populares, tendo o ideário da educação popular como princípio de sua atuação: o ‘olhar’ diferenciado sobre os sujeitos da alfabetização; elaborar a proposta a partir do contexto sociocultural dos sujeitos; os sujeitos como co-partícipes do processo de formação. Portanto, é característico do MOVA o vínculo Estado-sociedade, enquanto gestores de uma política pública de alfabetização e a associação entre educação e cultura como bases dessa política.
A alfabetização no PAS - Programa Alfabetização Solidária
Em 1996, foi lançado em Natal, no Rio Grande do Norte, o Programa Alfabetização Solidária, em um evento nacional de Educação de Jovens e Adultos, como etapa preparatória para a V CONFINTEA – Conferência Internacional de Educação de Adultos. Na ocasião, participaram como proponentes o Ministro da Educação Paulo Renato e Dona Rute Cardoso, representando a Comunidade Solidária. O lançamento do PAS causou um frisson entre os participantes do Encontro Nacional de Educação de Jovens e Adultos, por reeditar práticas consideradas superadas por pesquisadores e estudiosos da alfabetização. Com duração de 6 meses, sendo um para ‘treinamento’ dos alfabetizadores e 5 meses para desenvolver a alfabetização, o PAS propunha uma ação conjunta entre Governo federal, empresas, administrações municipais e universidades. Atendendo aos municípios com IDH – Índice de Desenvolvimento Humano – inferior a 0,5, o PAS propunha às Instituições de Ensino Superior das regiões Sul e Sudeste que supervisionassem as ações nas cidades localizadas nas regiões Norte e Nordeste. O formato do Programa atraiu críticas de pesquisadores (HADDAD, 2000 e DI PIERRO, 2001) por se tratar de um programa aligeirado, com alfabetizadores semipreparados, reforçando a idéia de que qualquer um sabe ensinar, e com forte ênfase na relação de submissão entre o Norte-Nordeste (subdesenvolvido) e o Sul-Sudeste (desenvolvido). Com a permanente campanha – adote um analfabeto – o PAS tem contribuído com a imagem que se faz de que quem não sabe ler e escrever como uma pessoa incapaz, passiva de adoção, de ajuda, de uma ação assistencialista diferentemente de um sujeito de direito.
Considerações
Chegamos ao ano 2000, ao século XXI, com um índice elevado de brasileiros que ainda não têm o domínio da leitura, da escrita e das contas. Se já não fosse pouco os quase 20 milhões de analfabetos considerados absolutos, passam de 30 milhões os considerados analfabetos funcionais que chegaram a freqüentar uma escola mas, por falta de uso da leitura e da escrita, retornaram à posição anterior. E, pasmem, chega à casa dos 70 milhões os brasileiros acima de 15 anos que não atingiram o nível mínimo constitucional, ou seja, o Ensino Fundamental. Somam-se a esses os neoanalfabetos que, mesmo freqüentando a escola, não estão conseguindo atingir o domínio da leitura e da escrita. São produtos de uma nova exclusão que, mesmo tendo se escolarizado, não conseguem ler e interpretar um simples bilhete ou texto. Esse novo contingente estará fazendo parte do público demandatário da Educação de Jovens e Adultos. Aumenta com isso a dívida social para com os mais excluídos, na proporção inversa da responsabilidade do Estado em atender ao direito constitucional à educação. Que significado tem para as pessoas, nos dias de hoje, poder ler e escrever a ponto de deixarem de ser sombras dos outros? Como atingirmos níveis satisfatórios de desenvolvimento econômico e social que sejam, de fato, para todos?
Se na passagem do Brasil Império para o Brasil República tínhamos a maioria da população sem o domínio da leitura e da escrita e isso significou uma herança socioeconômica de grande desafio, o que dizer, e principalmente o que fazer, nos dias de hoje, quando herdamos um Brasil ainda repleto de analfabetos, quando desejamos a mudança desse cenário a fim de chegarmos a um Brasil Alfabetizado?
Bibliografia
BEISIEGEL, Celso de Rui. Questões de atualidade na educação popular: ensino fundamental de jovens e adultos analfabetos ou pouco escolarizados. Educação em Revista. Belo Horizonte: Faculdade de Educação da UFMG, 2000.
DI PIERRO, Maria Clara. Descentralização, focalização e parceria: uma análise das tendências nas políticas públicas de educação de jovens e adultos. Educação e Pesquisa. São Paulo, v.27, n.2, p. 321-337, jul./dez., 2001.
FERRARO, Alceu Ravanello. História quantitativa da alfabetização no Brasil. Letramento no Brasil. São Paulo: Global, 2003.
FREIRE, Ana Maria Araújo. Analfabetismo no Brasil. São Paulo: Cortez: Brasília, DF: INEP, 1989.
FREIRE, Paulo. Desafios da educação de adultos ante a nova reestruturação tecnológica. Pedagogia da Indignação: cartas pedagógicas e outros escritos. São Paulo: Editora UNESP, 2000.
HADDAD, Sérgio. Aprendizagem de jovens e adultos: avaliação da década de Educação para Todos. São Paulo em Perspectiva, São Paulo: SEADE, vol. 14, n.1, p.29-40, jan./mar., 2000.
OLIVEIRA, Marta Kohl. Jovens e adultos como sujeitos de conhecimento e aprendizagem. Educação de Jovens e Adultos: novos leitores, novas leituras. Campinas: Mercado de Letras, 2001.
SOARES, Leôncio. As Políticas de EJA e as Necessidades Básicas de Aprendizagem dos Jovens e Adultos. Educação de Jovens e Adultos: novos leitores, novas leituras. Campinas: Mercado de Letras, 2001.
NOTAS:
* Professor da Faculdade de Educação da UFMG.

SALTO PARA O FUTURO / TV ESCOLAWWW.TVEBRASIL.COM.BR/SALTO
“Gosto de ser gente porque, como tal, percebo afinal que a construção de minha presença no mundo, que não se faz no isolamento, isenta da influência das forças sociais, que não se compreende fora da tensão entre o que herdo geneticamente e o que herdo social, cultural e historicamente, tem muito a ver comigo mesmo."

Freire (2004,p.59) Pedagogia da Autonomia

quarta-feira, 23 de abril de 2008










Os Dez Mandamentos do Amigo do Planeta

Só existem dois dias do ano em que não podemos fazer nada. O ontem e o amanhã.”

(Mahatma Ghandi)

1. Só Jogue Lixo no Lugar Certo
O lixo que jogamos em qualquer lugar volta para nossa casa através de ratos, moscas, mosquitos que trazem doenças, além de tornar onde vivemos um lugar feio e desagradável. Cada pessoa produz por dia cerca de meio quilo de lixo. Multiplique isso pela população de sua cidade para ter idéia do tamanho do problema. Custa muito dinheiro de impostos para limpar as ruas, praças, praias, dar destino final ao lixo. Dinheiro que podia estar sendo usado para outras obras e serviços para a melhoria da cidade. A cidade, a escola, a casa mais limpa não é a que mais se varre, é a que menos se suja! Um Amigo do Planeta só joga seu lixo nos locais apropriados, ou guarda no bolso e traz para colocar na lixeira ou reciclagem da própria casa.

2. Poupe Água e Energia
A água não sai da parede. Ela vem de rios e mananciais que estão sendo agredidos pela poluição e pelo desmatamento, o que torna a água potável cada vez menos disponível, e eleva seu custo de tratamento. A energia também não sai da parede. Para ser gerada é preciso afogar rios e terras férteis, deslocar populações, ou usar recursos não renováveis como petróleo e carvão ou criar riscos e lixo perigoso como o nuclear

3. Não Desperdice
Escolha consumir o necessário. Resista ao modismo que nos obriga a trocar de carro, roupa, bens. Além de gastar dinheiro desnecessariamente, desperdiçamos recursos naturais, poluímos o Planeta. Diga não a produtos supérfluos ou feitos para durar pouco; ou que gastem muita energia ou água; ou que contaminem o meio ambiente; ou descartáveis cujas embalagens não retornam aos fabricantes. Escolha usar sacolas de pano e caixas para suas compras. Evite as sacolas de plástico. Escolha alimentos e produtos naturais e evite os industrializados

4. Cuide dos Animais e Plantas
Os animais – assim como as plantas (“A Vida Secreta das Plantas”) - sentem dor, têm emoções, sofrem. Eles tem tanto direito à vida, à liberdade, ao bem estar quanto nós. Seja responsável com os animais e as plantas sob sua responsabilidade. Não deixe que sofram desnecessariamente, cuide para que tenham água, alimento, conforto. Recuse a se divertir em rodeios e circos com a dor e o sofrimento dos animais. Recuse produtos e alimentos que não respeitam a dor e o sofrimentos dos animais. Empreste sua voz às plantas e animais que sofrem por que eles não tem como se defender.

5. Cuide das Árvores
Ajude a defender as árvores e florestas existentes. Denuncie as agressões. Plante novas árvores e cuide delas com carinho e respeito. Recuse comprar madeiras e móveis que não comprove a origem ecologicamente correta e legal. Utilize os dois lados da folha de papel. Faça coleta seletiva em sua casa e encaminhe o papel para reciclagem.

. Não Polua
Use o menos possível o automóvel, programando suas saídas. Ele provoca poluição do ar, gasta combustível, agrava o efeito estufa, engarrafa o trânsito. Acostume-se a ouvir música sem aumentar muito o volume do som. Som alto provoca poluição sonora. Reveja seu comportamento, suas atitudes em casa, no trabalho, na comunidade e mude o que estiver provocando poluição ou degradação ambiental. Não espere que alguém venha fazer isso por você. Faça você mesmo.

7. Coleta seletiva de lixo
Lixo não existe. O que chamamos de lixo é matéria prima e recursos naturais misturados e fora do lugar. A reciclagem devolve estes recursos para fabricar novos produtos retirando menos da natureza, além de economizar mais água e energia, e aumentar a vida útil dos aterros sanitários. Mantenha duas vasilhas em sua cozinha, uma para o MATERIAL SECO (inorgânico: papel, plástico, metal, vidro) e outro para MATERIAL ‘MOLHADO’ (orgânico: restos de comida, cascas de frutas etc.). Acumule o material seco numa vasilha maior e regularmente encaminhe à reciclagem. Se não houver coleta de lixo seletivo em sua comunidade encaminhe um abaixo-assinado às autoridades. Enquanto isso, procure doar seu material para quem faz reciclagem O material ‘úmido’ pode virar adubo e servir para alimentar animais. Cultive uma horta mesmo que em vasos e caixas e faça uma composteira mesmo que pequena, numa caixa.

8. Conheça e conviva com a natureza
Mantenha o contato com a natureza. Faça passeios na floresta, tome banho de cachoeira, vá à praia, contemple o por-de-sol, a lua cheia. Coloque os pés no chão. Cultive uma horta, um jardim. Estude e leia mais sobre a natureza, mesmo que não seja tarefa da escola. Quanto mais você souber, melhor poderá agir em sua defesa. Procure no dicionário palavras como saúde do trabalhador, reciclagem, reaproveitamento, habitat, biodegradáveis etc. Faça um álbum de recortes com figuras de animais e plantas.

9. A natureza não vota e nem se defende. Faça você por ela!
Mesmo sozinho você pode denunciar as agressões ambientais. Escreva às autoridades, ao SAC – Serviço de Atendimento ao Consumidor de empresas, às autoridades, aos políticos, à imprensa. Participe de campanhas pela internet ou pessoalmente. Na hora de votar, escolha representantes comprometidos com a causa ambiental e acompanhe o mandato. Escreva a ele com sugestões e críticas que melhore a atuação na defesa do meio ambiente. Participe de atividades voluntárias e de alguma organização da sociedade civil sem fins lucrativos em sua comunidade.

10. Crie um clube de amigos do planeta na escola, ou associação!
A escola ou associação de moradores pode oferecer aos alunos e cidadãos a possibilidade de atuarem de forma organizada, assumindo, no mínimo, UMA AÇÃO CONCRETA POR MÊS PARA A MELHORIA AMBIENTAL DA COMUNIDADE como plantar e cuidar das novas árvores, fazer coletas de sementes e produzir novas mudas, denunciar agressões ambientais, ajudar a implantar a coleta seletiva de lixo na escola, etc. Faça um PLANEJAMENTO COOPERATIVO envolvendo a todos para que tomem conhecimento da situação, proponham substituições de materiais e comportamentos, estabelecem metas quantitativas e períodos de tempo para promover as mudanças pretendidas.

Mais informações: http://www.portaldomeioambiente.org.br/especial/ClubedeAmigosdoPlaneta/index.asp


quinta-feira, 17 de abril de 2008







REUNIÃO REGIONAL DA SBPC UTILIZA CIÊNCIA E TECNOLOGIA PARA TRANSFORMAR BAIXADA FLUMINENSE
Pela primeira vez, os municípios de Duque de Caxias e Nova Iguaçu serão sede para uma das Reuniões Regionais da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). Com o tema “Educação e Ciência para o Desenvolvimento Sustentável da Baixada Fluminense”, o evento promete reunir aproximadamente 30 mil participantes nas duas cidades, entre os dias 7 e 10 de maio de 2008.
A SBPC é uma entidade civil, sem fins lucrativos nem cor político-partidária, voltada principalmente para a defesa do avanço científico e tecnológico e do desenvolvimento educacional e cultural do Brasil. Todos os anos, ela organiza sua Reunião Anual (atualmente em sua 60ª edição) e, semestralmente, as Reuniões Regionais, realizadas cada vez em um estado diferente.
Comparecem aos eventos cientistas, professores, estudantes, profissionais, trabalhadores e todos aqueles interessados na discussão de temas ligados à ciência e tecnologia. Nessas ocasiões, há a promoção de debates, mesas-redondas e mini-cursos destinados a familiarizar a sociedade e os educadores com o trabalho científico e tecnológico, destacando sua importância para o país.
Nesta edição, a Baixada Fluminense, representada pelas cidades de Duque de Caxias e Nova Iguaçu, foi a região brasileira contemplada pela Reunião da SBPC, que conta com a participação da sociedade civil e associações científicas das diversas áreas de conhecimento.
Durante os três dias do evento, organizado simultaneamente nas duas cidades e com programações específicas, são esperados alunos e professores das redes municipal e estadual de Duque Caxias, Nova Iguaçu e adjacências, além das comunidades e da população em geral.
Para ser realizada de forma coletiva nos dois municípios, estão sendo mobilizados educadores, alunos, entidades sindicais, movimentos sociais, fundações, governos, empresários, organizações não-governamentais, universidades e escolas, além das duas prefeituras.
A Reunião Regional da SBPC visa proporcionar amplos debates, com temáticas do cotidiano dos municípios-sede, da região e do Brasil, além de resgatar e dar visibilidade às pesquisas e aos trabalhos desenvolvidos por alunos e professores dos locais.
As oportunidades proporcionadas por esses encontros são formas de contribuir para a disseminação do saber científico e tecnológico para além das fronteiras das universidades e grandes centros acadêmicos, tornando-o conhecimento prático e coletivo, gerando frutos para uma vida melhor.

domingo, 16 de março de 2008

OS DEZ MANDAMENTOS PARA BEM PLANEJAR!

1) ESQUEÇA A BUROCRACIA
Antes o Plano vinha pronto, em pacotes. Hoje quem leciona tem espaço para criar!

2) CONHEÇA BEM DE PERTO O SEU ALUNO
Pergunte-se sempre: “O que meu aluno deve e pode aprender?”.

3) FAÇA TUDO OUTRA VEZ (E MAIS OUTRA)
O planejamento deve ser sempre alterado, de acordo com as necessidades da turma.

4) ESTUDE PARA ENSINAR BEM
Uma pessoa só pode ensinar aquilo que sabe, porém é preciso, também, saber como ensinar.

5) COLOQUE-SE NO LUGAR DO ESTUDANTE
Você deve saber se os temas trabalhados em sala são importantes do ponto de vista do aluno.

6) DEFINA O QUE É MAIS IMPORTANTE
Os critérios para estabelecer o que é mais importante ensinar devem ser as necessidades dos alunos.

7) PESQUISE EM VÁRIAS FONTES
Toda aula requer material de apoio. Busque informações em livros, em revistas, na Internet...

8) USE DIFERENTES MÉTODOS DE TRABALHO
Métodos como: aulas expositivas, atividades em grupo e pesquisas são excelentes aliados!

9) CONVERSE E PEÇA AJUDA
Converse com os colegas! Aproveite as reuniões!

10) ESCREVA, ESCREVA, ESCREVA
Compre um caderno e anote, no fim do dia, tudo o que você fêz em classe. Esta é uma forma de você analisar o que está ou não dando certo em seu trabalho
!

Como fazer um Plano de aula?

Vamos por etapas:

* É comum professores cometerem um grave erro ao montarem um Plano de aula: fazê-lo para si próprio. O Plano de aula deve ser feito para o aluno!
Como assim?! Você deve estar se perguntando...
É simples: o centro de um Plano de aula é, sem dúvida, o aluno! Como vai aprender e como vai receber o que você está propondo.
É preciso fazer com que o aluno estude para aprender e não para “passar de ano” e você só conseguirá isto se fizer um Plano de aula, onde ele (o aluno) é o “tema central”.
Mas o que eu, como professor(a), penso não conta?
É claro que sim, pois nós, educadores, somos os responsáveis por propiciar situações em que o aluno se aproprie do conhecimento. Lembre-se: o aluno não é um ser que não sabe nada e vai à escola para aprender tudo com o professor, que é o detentor do saber.

*Agora que já “sabe” que o tema central do Plano de aula deve ser o aluno, você deve preocupar-se em criar situações interessantes para sua aula. Como são seus alunos? Do que mais gostam? Ouvir histórias, dançar...?
Evite pensar: “Como vou ensinar isto à turma?” e pense: “Como meus alunos irão aprender isto?”. O processo de ensino-aprendizagem é uma troca gostosa: você aprende com seus alunos e eles com você, pois cada criança já chega à escola com conhecimentos diversos... Assim como o professor...

* Os alunos não são todos iguais, logo não aprendem da mesma forma. O educador deve conhecer e respeitar seu aluno. Respeitar seus limites, suas dificuldades, sua opinião...


Vamos para a prática!

* Primeiro – TEMA GERADOR: Sua aula será sobre o quê?
* Segundo – OBJETIVO: O que seu aluno deve FAZER, SABER e SER?

FAZER – o que seu aluno vai fazer durante a aula? Pintar? Dançar? Escrever? Recortar? Colar?

SABER – a atividade que seu aluno desenvolveu o levou a saber o quê? O que ele “aprendeu”?

SER – a atividade que seu aluno fez o levou a se apropriar de um conhecimento, certo? Como este conhecimento acrescentará nele (o aluno) como pessoa, cidadão?
* Terceiro – PROCEDIMENTOS: como será desenvolvida a sua aula? Como proceder para que o aluno FAÇA, SAIBA e SEJA?!
* Quarto – AVALIAÇÃO: como você avaliará seu aluno? (Não fique sentado durante o desenvolvimento das atividades, circule pela sala de aula observando-os e tirando, possíveis, dúvidas. Elogie, estimule, avalie!).

Algumas idéias!

* Monte um Plano de aula em que o aluno participe. Promova debates, ouça-os e faça com que ouçam a você (eu utilizo muito a frase: Quando um fala o outro escuta!”).
* Criança gosta de se sentir útil, promova brincadeiras para escolher o AJUDANTE DO DIA ( em minhas aulas o ajudante conta uma história ou narra um fato que aconteceu em sua vida, para a turma!). Decore a sala com enfeites confeccionados por eles mesmos.
* Evite abstrair em suas aulas (principalmente na Educação Infantil) quando falar em “algo” leve “este algo” para que a turma veja. Se não puder levar, consiga fotos e mostre à eles.
* Não crie situações complicadas demais, ofereça desafios pertinentes à idade de seu aluno. Fale de situações que lhe sejam familiares, cite o nome de algumas crianças e peça, se estas se sentirem seguras para tal, que contem como foi seu dia, ou como foi sua última festa de aniversário... A partir daí conduza a aula de acordo com o TEMA GERADOR e vá inserindo os conteúdos propostos...
* Leia bastante. É importante que você domine o assunto que está “propondo” à turma...

sexta-feira, 14 de março de 2008

1º Fórum de Inclusão Digital da Baixada Fluminense



O 1º Fórum para Inclusão Digital, que acontecerá em Nova Iguaçu de 24 a 27 de março de 2008, organizado pela Associação Brasileira de Software Livre (ABRASOL), pela Prefeitura da Cidade de Nova Iguaçu e pela Universidade Estácio de Sá em conjunto com entidades da sociedade civil e parceiros regionais.

Espelhado na 6ª Oficina para Inclusão Digital, realizado em Salvador pelo Governo Federal, o Fórum de Inclusão Digital reafirma seu compromisso com profissionais que atuam na ponta dos projetos de inclusão digital atendendo a população em todas as regiões do país.

Proposta
A proposta do Fórum aproximar gestores públicos, educadores, implementadores, técnicos, monitores e estudiosos dos grandes temas da atualidade que envolve ações de inclusão digital.

O Fórum irá abordar os seguintes temas:
Infra-estrutura, cidades digitais e redes locais;
TICs nas escolas;
Conteúdos locais (produção e difusão);
Economia solidária e arranjos produtivos locais;
Governança da Internet;
Políticas públicas de Inclusão Digital.

Democratização da Comunicação e Disseminação das Experiências
O Fórum está aberto para cobertura da imprensa em geral, representado por rádio, TV, veículos, impressos, grandes portais e também para as mídias independentes, como rádios comunitária, jornais e também portais sociais blogs, fotologs e videologs. Haverá uma sala de suporte a imprensa no local.

Toda áera reservada para o evento será coberta por internet sem fio. Computadores com acesso Internet também estará disponível durante todo o período para os participantes.

quarta-feira, 5 de março de 2008

Aula de Informática Educativa - Módulo I

Hoje iniciei no CEDERJ, Pólo Nova Iguaçu o curso de Informática Educativa I e achei bastante proveitosa as três horas que nos reunimos no local. Reencontrei a Janete, que legal! Estagiei com ela no Colégio Municipal Professora Edna Umbelina de Sant'Anna da Silva, em Orientação Pedagógica... Tudo isso no ano de 2006... Passou-se já um ano! Conheci novas pessoas que me foram muito agradáveis, como a Sandra, etc. E o melhor de tudo é isso: A troca de informações sempre! Pois, como diria Paulo Freire, ninguém é tão sábio que não tenha ainda algo a aprender e eu aprendi com certeza muitas coisas. Sem contar que também adorei o tutor Sérgio que é muito paciente e agradável.

Um beijo para todos vocês e até a próxima!

sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Artigos Psicopedagógicos, etc.

(clicar no título do post para ser direcionado ao download)
PSICOPEDAGOGIA
Sabe-se que a escola e a família são os maiores responsáveis por grande parte da aprendizagem humana, cumprindo o papel de mediadores entre o indivíduo e a sociedade. Esta é incorporada à medida que o sujeito, através da aprendizagem, apropria-se do seu mundo cultural e simbólico.
Nesse aspecto, a escola passa a ser alvo da Psicopedagogia que assume um compromisso a nível preventivo, preocupando-se com o mundo sociocultural do indivíduo (sua história pessoal, familiar, escolar e social).
Em relação à queixa de comportamento inadequado do aluno, a psicopedagogia pode contribuir com a Escola promovendo um melhor entendimento acerca da dificuldade do aluno, permitindo uma modificação da sua ação pedagógica, procurando articular aspectos afetivos, cognitivos e sociais que intervém no processo de ensino-aprendizagem, fornecendo subsídios para que o aluno tenha condições de relacionar-se de uma forma adequada com professores, familiares e também com a aprendizagem. No olhar distinto do Psicopedagogo o aprendiz também pode se ver diferente e ter mais chance de sair do lugar em que o puseram ou o qual ele próprio se colocou (Rubinstein, 1999 p.19).

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Educação Ambiental, Cidadania e Sustentabilidade

Pelo fato de a maior parte da população brasileira viver em cidades, observa-se uma crescente degradação das condições de vida, refletindo uma crise ambiental que nos remete a uma necessária reflexão sobre os desafios para mudar as formas de pensar, agir, em torno da questão ambiental. Para isso, é necessário se multiplicarem as práticas sociais baseadas no fortalecimento do direito ao acesso á informação e á educação ambiental em uma perspectiva integradora, expandindo a possibilidade de participação dos cidadãos em um nível mais elevado no processo decisório, como uma forma de fortalecer sua co-responsabilidade na fiscalização e no controle dos agentes de degradação ambiental.
O conceito de Desenvolvimento Sustentável, apesar das críticas a que tem sido sujeito, representa um importante avanço, surge para enfrentar a crise ecológica, para tornar compatível a melhoria nos níveis e qualidade de vida e para dar resposta à necessidade de harmonizar os processos ambientais. Este, não se refere especificamente a um problema limitado de adequações ecológicas de um processo social, mas a uma estratégia ou um modelo múltiplo para a sociedade, que deve levar em conta tanto à viabilidade econômica, como a ecológica.
Num sentido mais abrangente, a noção de Desenvolvimento Sustentável reporta-se a necessária redefinição das relações entre sociedade humana e natureza, e, portanto, a uma mudança substancial do próprio processo civilizatório, introduzindo o desafio de pensar a passagem do conceito para a ação.
O grande desafio da Educação Ambiental é que seja crítica e eficaz em níveis formais e não formais, que tenha propostas pedagógicas centradas na conscientização, mudança de comportamento, desenvolvimento de competências, capacidade de avaliação e participação dos educandos. Deve ser acima de tudo um ato político voltado para a transformação social.
A presença dos órgãos governamentais como articuladores de ações ainda é muito restrito. O grande salto de qualidade tem sido pelas ONG’s e organizações comunitárias, que tem desenvolvido ações não formais centradas principalmente na população infantil e juvenil que visam formar cidadãos cada vez mais comprometidos com a defesa da vida. Cidadãos que pela motivação de seu potencial de participação, terão cada vez mais condições de intervir consistentemente e sem tutela nos processos decisórios de interesse público, legitimando e consolidando propostas de gestão baseadas na garantia do acesso a informação e na consolidação de canais abertos para a participação.
“A necessidade de uma crescente internalização da problemática ambiental, um saber ainda em construção, demanda empenho para fortalecer visões integradoras que, centradas no desenvolvimento, estimulem uma reflexão sobre a diversidade e a construção de sentidos em torno das relações indivíduos-natureza, dos riscos ambientais globais e locais e das relações ambiente-desenvolvimento. A educação ambiental, nas suas diversas possibilidades, abre um estimulante espaço para repensar práticas sociais e o papel dos professores como mediadores e transmissores de um conhecimento necessário para que os alunos adquiram uma base adequada de compreensão essencial do meio ambiente global e local, da interdependência dos problemas e soluções e da importância da responsabilidade de cada um para construir uma sociedade planetária mais eqüitativa e ambientalmente sustentável.”

Resumo do Texto do Professor Pedro Jacobi, Professor Associado da Faculdade de Educação e do Programa de Pós-Graduação em Ciência Ambiental da USP (
prjacobi@terra.com.br)